Reino
Monera
O
reino monera é composto pelas bactérias e cianobactérias (algas
azuis). Elas podem viver em diversos locais, como na água, ar, solo,
dentro de animais e plantas, ou ainda, como parasitas.
As
bactérias: A maioria de seus representantes são heterótrofos (não
conseguem produzir seu próprio alimento), mas existem também
algumas bactérias autótrofas (produzem sem alimento, via
fotossíntese). Existem bactérias aeróbias, ou seja, que precisam
de oxigênio para viver, as anaeróbias obrigatórias, que não
conseguem viver em presença do oxigênio, e as anaeróbias
facultativas, que podem viver tanto em ambientes oxigenados ou não.
As formas físicas das bactérias podem ser de quatro tipos: cocos,
bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos, podem se agrupar, e
formarem colônias. Grupos de dois cocos formam um diplococo,
enfileirados formam um estreptococos, e em cachos, formam um
estafilococo. Por serem os seres vivos mais primitivos da Terra, eles
também são os que estão em maior número. Por exemplo, em um grama
de solo fértil pode haver 2,5 bilhões de bactérias, 400 mil
fungos, 50 mil algas e 30 mil protozoários.
Estrutura
celular: As bactérias não tem núcleo organizado, elas são
procariontes, ou seja, o DNA fica espalhado no citoplasma, não
possuem um núcleo verdadeiro . Por isso, o filamento de material
genético é fechado (plasmídeo), sem pontas, para que nenhuma
enzima comece a digerir o DNA. Possuem uma parede celular bastante
rígida. Para se locomoverem, as bactérias contam com os flagelos,
que são pequenos cílios que ficam se mexendo, fazendo a bactéria
se mover (igual ao espermatozóide humano, só que muito mais
simples). Também podem possuir Fímbrias, que são microfibrilhas
protéicas que se estendem da parede celular. Servem para "ancorar"
a bactéria. Existem também as fímbrias sexuais, que servem para
troca de material genético durante a reprodução e também auxiliam
as bactérias patogênicas (parasitas) a se fixarem no hospedeiro. A
Cápsula, camada que envolve externamente a bactéria, formada por
polissacarídeos, serve para a alimentação (fagocitose), proteção
contra desidratação, e também para que o sistema imunológico
hospedeiro (no caso das parasitas) não a reconheça. Reprodução A
reprodução das bactérias ocorre de forma assexuada, feita por
bipartição (divisão binária, ou cissiparidade), onde a célula
bacteriana cresce, têm seu material genético duplicado, e então, a
célula se divide, dando origem a outra bactéria, geneticamente
igual à outra. A variabilidade genética das bactérias é feita de
três formas: conjugação, que consiste em uma bactéria transferir
material genético para outra, e vice-versa, através das fímbrias;
transdução: é a troca de genes feita através de um vírus, que
invade uma célula, incorpora seu material genético, e o transmite
para outras células; transformação: as bactérias podem incorporar
ao seu DNA fragmentos de materiais genéticos dispersos no ambiente.
As bactérias também podem originar esporos, em condições
ambientes desfavoráveis à reprodução (altas ou baixas
temperaturas, presença de substâncias tóxicas, etc). Eles são
pequenas células bacterianas, com uma parede celular espessa, pouca
água e um material genético. Elas são capazes de ficarem milhares
de anos nestes ambientes, esperando por uma condição do ambiente
melhor.
A
importância das bactérias: As bactérias também têm sua
importância no meio ambiente, assim como qualquer ser vivo. -
Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, devolvendo ao
ambiente moléculas e elementos químicos reutilizáveis por outros
seres vivos. - Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas
indústrias para produzir iogurte, queijo, etc (derivados do leite) -
Indústria farmacêutica: na fabricação de antibióticos e
vitaminas - Indústria química: na produção de alcoois, como
metanol, etanol, etc; - Genética: com a alteração de seu DNA,
pode-se fazer produtos de interesse dos seres humanos, como insulina
- Fixação do Nitrogênio: retiram o nitrogênio do ar e o fixa no
solo, servindo de alimentação para as plantas.